quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Estrelas


Quando o Sol descansa
o pavor me aflinge,
olho as estrelas,
doces brilhantes estrelas,
muitas se tornaram nada
ou se tornaram destrutivas,
mas continuam sendo luzes
e brilham para mim,
somente para mim,
como nenhuma divindidade ainda brilhou.
Como nenhum olhar ainda brilhou.
Como minha alma nunca brilhou.
Grandes e poderosas estrelas,
nem mesmo elas sobrevivem!
E nós, o que somos perto delas?
Eu as amo, mas as odeio...
A lembrança que me trazem
do nada, da morte, da insignificância,
me tornam um nada.
Eu não quero morrer.
Não quero me juntar ao fogo de uma estrela,
não quero que minha alma se torne um nada:
um nada dentro do misterioso cosmos!
Não quero deixar um rastro de destruição,
as estrelas são lindas, mas dolorosas.

Apenas queria ser Deus,
mas não passo de mais uma estrela.

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